quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sessão Terapêutica II




O medo de perder o outro

Existem sujeitos que costumam arrumar desculpas para o comportamento do outro, simplesmente para mascarar o medo de que o outro se vá da relação. Muitos dos problemas e conflitos são passíveis de solução, desde que enfrentados logo no início. Mas, se os sujeitos da relação ignorarem os sinais e deixarem que eles continuem crescendo, podem atingir tal proporção, que superá-los torna-se impossível.



Amar alguém que esteja percorrendo por um caminho diferente não é impossível. O que se busca no processo psicoterápico é resgatar a  autoestima, e por consequência a segurança interior deste sujeito, para respeitar as escolhas do outro e não abrir mão das próprias verdades por medo de perdê-lo.

 Escolher o verdadeiro caminho é o melhor para o sujeito. A verdadeira lição na vida de um sujeito é que ele não é a verdade absoluta, mas é o que precisa saber viver e assim ser feliz. E, por mais que se ame alguém, é fundamental que se aceite que esse outro sujeito, pode não caminhar pelo mesmo caminho.

A tendência hoje em dia é que os seres humanos se mantem ocupados com seus problemas cotidianos, esforçando-se em manter os relacionamentos, que se esquecem dos verdadeiros objetivos. 
Pense além do obvio, descubra o que tem realmente importância para ser feliz? Identifique quais são as situações ou coisas que não te fazem feliz? Não tenha medo das verdades que possam ser reveladas, enfrente-as, pois certamente encontrará o caminho para alcançar a paz.
Obrigado.
Alexandre Schlegel

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sessão Terapêutica I



A verdade leva a cura?

Quanto mais o sujeito, encara a verdade acerca de si mesmo, e as razões que o levam a manifestar determinados comportamentos e atitudes, a probabilidade deste sujeito vencer as suas dificuldades é maior. 

A questão não é o que o outro faz, mas sim o que o sujeito permite que façam com ele. O estado de vitimismo, no qual o sujeito se agarra, é a tentativa desesperada de eximir-se da responsabilidade que tem consigo mesmo.

Os problemas nos relacionamentos começam quando as expectativas são diferentes dos objetivos que cada um tem.  Quando o sujeito percebe esta realidade, é inevitável que ele tente conduzir o outro para o objetivo desejado. Constatar a verdade que a escolha feita, na qual se depositou as esperanças de uma felicidade e que este desejo não será satisfeito, é difícil, mas não há outra forma de resolver este problema senão enfrenta-lo.

Enquanto o sujeito continuar insistindo em se auto-enganar articulando, manipulando a realidade para que esta se amolde, se adapte a expectativa em atingir o seu objetivo, esta relação passa a ser a fonte da decepção e da angústia.

Este é um dos sinais de que a relação não está como se deveria ou se desejava. O temor de enfrentar a verdade, somente adia o surgimento dos problemas.  

Do que adianta constatar se o outro age de forma coerente ou apresenta um desvio de caráter, ou mesmo as suas atitudes são motivados por uma limitação. O importante para o sujeito é, perceber até que ponto as suas atitudes prejudicam ou o fazem infeliz, e decidir se quer pular fora ou permanecer nesta relação por covardia. Amanhã, Sessão Terapêutica II  O medo de perder o outro.
Obrigado.
Alexandre Schlegel

sábado, 22 de dezembro de 2012

A importância da reflexão.



 Como pensar por nós mesmos, ou o bem pensar senão através da reflexão. Uma reflexão seria mais perfeita se não houvesse a intervenção dos sentidos; mas, como o pensamento e os sentidos são inseparáveis, de qualquer forma é uma reflexão. Mas uma genuína transformação, somente é possível  pela renovação do entendimento temos que parar e voltarmo-nos para o nosso interior, propondo, inclusive, uma mudança comportamental.

Temos um estoque ilimitado de informações, pensadores que passaram, trouxeram coisas boas e ruins; alguns acabaram enveredando pela auto suficiência e acabaram se distanciando da verdade. Com propriedade o apóstolo Paulo recomenda que leiamos de tudo, mas que fiquemos com aquilo que for bom. Kant, foi responsável pelo desvio da filosofia da razão e a encaminhado para a emoção, é criticado por muitos como elogiado também.

A libertação pelo conhecimento é possível pois "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".  
Obrigado.
Alexandre Schlegel

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O que se entende por analisar?

 

Analisar é decompor e discernir as diferentes partes de um todo. Reconhecer as diferentes relações que as partes mantêm, quer entre si, quer com o todo. Analisar significa ousar enfrentar a dificuldade, a complexidade que o conhecimento requer. É infrentar as dúvidas, que impedem o entendimento e o conhecimento. A persistência é uma das habilidades, não se deve ser precipitado, nem impaciente, pois tanto uma atitude quanto a outra impedem o avanço do entendimento e do conhecimento.
Como nós seres humanos somos o centro da percepção, temos que exercitar a ordenação, dos dados. E ordenar não é tarefa fácil, pois nos obriga a juntar, a amontoar, pensamentos, livros, coisas, mas quando  se tem um pouco de preguiça, principalmente a preguiça mental, é mais difícil.
A pergunta a se fazer é do que serve ler artigos, participar de palestras, assistir programas educativos na TV, se não retivermos quase nada? Temos que armazenar este conteúdo informativo. Dar um lugar para as informações que recebemos ainda mais sobre aquilo que estivermos fazendo. A questão primordial é existe disposição ou não par nos informarmos?  As ações e interpretações são como o ginasta na barra de apresentação, seu gestos são seguros, firmes fruto visível de um trabalho quase invisível, fatigante, constante, persistente de sua preparação.
Obrigado.
Alexandre Schlegel

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O que é um problema?



O problema é um incômodo, uma contrariedade, um mal-estar, uma oposição ao nosso pensar. O problema é algo sem nexo, novo, sem possibilidade de comparação, impossibilitando uma reflexão. Uma das dificuldades em se entender uma filosofia é que não é um cálculo matemático. Antes de compreender, Sócrates, Platão, Aristóteles, Sêneca, Gamaliel, Paulo de Tarso, Constantino, Santo Agostinho Kant, Hegel, Lutero,   e muitos outros, deveríamos descobrir o que eles estavam procurando, ou seja, que tipo de resposta eles queriam dar às suas perguntas.

Nesse sentido, o conteúdo filosófico é muito mais importante do que a descrição histórica, e mais que ler ou contar uma história, seja antiga, seja bíblica, seja da idade média ou mesmo contemporânea. Como se pode perceber, compreender ou mesmo detectar um problema?

Estamos a margem de um rio. Existe algum problema? Não, mesmo porque queríamos estar na margem do rio. Quando é que estar na margem do rio, se torna um problema? Quando o quisermos atravessá-lo. Aí, teremos que pensar, raciocinar e ver qual a melhor maneira de fazer esta travessia. (Pauli, 1964)
Fonte - PAULI, E. Que é Pensar (Teoria Fundamental do Conhecimento). Florianópolis: Biblioteca Superior de Cultura, 1964.

Obrigado.
Alexandre Schlegel