Autoengano?
Começo esse artigo com uma frase de Black Elk: “é na
escuridão de seus olhos que os homens se perdem”. Ela consegue definir um
estado que todos nós vivenciamos muitas vezes em nossa vida. Falo do
autoengano, da negação de fatos e também da simples falta de consciência da
realidade. Esse estado exagerado de autoengano compromete demais a vida pessoal
e profissional dos indivíduos.
Essa
questão intrigante permeia nosso cotidiano e acaba minando nossas capacidades e
comprometendo nossos relacionamentos. O fato é que, na maioria das vezes, não
nos damos conta que a culpa é nossa e que somente nós podemos reverter
situações desconfortantes. O autoengano costuma ficar evidente quando colocamos
a culpa de nossos problemas nos outros ou temos um olhar crítico em relação aos
comportamentos alheios, sempre achando que nós somos melhores!
Alguns exemplos comuns seriam:
Muitas famílias
afirmam que foram as companhias que levaram o seu filho para o mal caminho.
O namorado que, ao
ser traído, justifica a situação colocando a culpa na outra mulher
O paciente que não
acredita no diagnostico recebido.
O líder que não aceita
que precisa se aprimorar.
O cidadão que se recusa a admitir que é
ele que dá poder ao politico,.
Agimos como aquela criança que ao correr
tropeça, cai e fala que a culpa é do tapete! O pior é que os pais aceitam a
justifica choramingada do pequeno. . . Vamos confessar que várias vezes somos
como essa criança e culpamos o mundo pelo nosso fracasso, intolerância e
descontentamentos. Esse tipo de comportamento acaba piorando o problema e nos
torna reféns do próprio modo de pensar, pois não somos capazes de ver além do
problema ou insatisfação. Essa cegueira ou o autoengano provoca uma relação
interessante:
Funciona mais ou menos assim: tenho um problema e, por conta
da minha “cegueira”, acabo enxergando causas irreais e partindo para solução inadequadas,
e com isso agravo ainda mais minha situação inicial.
O
autoengano é um recurso de autodefesa (e necessário em alguns casos) que surge
todas as vezes que nos sentimos ameaçados, decepcionados ou nos deparamos com
algumas verdades inconvenientes. Seria uma maneira de retardar o amadurecimento.
Enquanto a responsabilidade não recai sobre si, a criancice, infantilidade disfarçada
com a falta se sorte, ou azar.
Quando começamos a nos enxergar de verdade, quando mesmo que
dolorido assumimos nossas dificuldades, o nosso “autoengano“ muda. Conseguimos
perceber a situação real e passamos a agir com coerência. Difícil? Um pouco,
mas vale a pena tentar.
Comece
a ver você como protagonista de sua história e não como vítima dela. Não tente
ser perfeito, mas procure fazer o melhor possível. Sua vida pode ficar melhor a
partir dos detalhes! Para saber mais e aprofundar suas reflexões, indico o
livro “Auto-Engano” (Companhia de Bolso) de
Eduardo Giannetti da Fonseca.
Obrigado
Alexandre
Schlegel
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e:mail – alexandre@visaonova.com.br
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