A utopia brasileira assume versões diferentes, variando de
acordo com seus intérpretes. Do lado do poder, a promessa socialista,
compartilhada por muitos elitistas, ditos intelectuais a 10 anos atrás e que
perdura em determinadas regiões do nosso pais é uma das formas. Até os
militares, na versão do Brasil Potência, preconizavam a melhoria dos
indicadores sociais. Do lado do povo, os grandes movimentos tradicionalistas,
como Canudos, exprimiam a ideia da igualdade social a partir da premissa cristã
de partilha. O Movimento dos Sem Terra (MST), à sua maneira, atualiza Canudos,
na síntese fé cristã-igualdade social.
A melhor definição da utopia brasileira está no discurso que
remete à igualdade social, com a previsão de que no Brasil seria construída uma
civilização nova, sem barreiras de raça, classe ou religião.
O
resultado da minha angústia frente à visão de um país que, após uma intensa
globalização, parece despedaçado e incapaz de se enxergar como uma comunidade
solidária, acima das classes, raças e religiões. Mas, apesar desse retrato
despedaçado, continuo a acreditar na utopia de um pais melhor. O desapego de
grande parte da população, pelas questões políticas, acarreta em uma herança,
maldita. A ignorância política serve
de interesse para determinados grupos, movidos por razões escusas e
financeiras, que destilam toda uma série de infâmias contra a democracia.
O perigo da ignorância política mora nesse vergonhoso processo
de calúnias que continua existindo, que resulta diretamente nos abusos de
nossas instituições democráticas e na ameaça de perdas de direitos dos próprios
cidadãos. A
maldade é irmã da ignorância .
Obrigado.
Alexandre Schlegel
Minha Fan Page - www.facebook.com/alexandreschlegel.visaonova
Meu e:mail – alexandre@visaonova.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário