terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sessão Terapêutica I



A verdade leva a cura?

Quanto mais o sujeito, encara a verdade acerca de si mesmo, e as razões que o levam a manifestar determinados comportamentos e atitudes, a probabilidade deste sujeito vencer as suas dificuldades é maior. 

A questão não é o que o outro faz, mas sim o que o sujeito permite que façam com ele. O estado de vitimismo, no qual o sujeito se agarra, é a tentativa desesperada de eximir-se da responsabilidade que tem consigo mesmo.

Os problemas nos relacionamentos começam quando as expectativas são diferentes dos objetivos que cada um tem.  Quando o sujeito percebe esta realidade, é inevitável que ele tente conduzir o outro para o objetivo desejado. Constatar a verdade que a escolha feita, na qual se depositou as esperanças de uma felicidade e que este desejo não será satisfeito, é difícil, mas não há outra forma de resolver este problema senão enfrenta-lo.

Enquanto o sujeito continuar insistindo em se auto-enganar articulando, manipulando a realidade para que esta se amolde, se adapte a expectativa em atingir o seu objetivo, esta relação passa a ser a fonte da decepção e da angústia.

Este é um dos sinais de que a relação não está como se deveria ou se desejava. O temor de enfrentar a verdade, somente adia o surgimento dos problemas.  

Do que adianta constatar se o outro age de forma coerente ou apresenta um desvio de caráter, ou mesmo as suas atitudes são motivados por uma limitação. O importante para o sujeito é, perceber até que ponto as suas atitudes prejudicam ou o fazem infeliz, e decidir se quer pular fora ou permanecer nesta relação por covardia. Amanhã, Sessão Terapêutica II  O medo de perder o outro.
Obrigado.
Alexandre Schlegel

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