sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A partir da solidão. . .




Observando o comportamento de algumas pessoas, vejo muita gente em busca de relacionamentos, sejam individuais, em grupos sociais e até mesmo grupos espirituais, seja de que denominação, seita doutrinária ou facção for. O interessante aqui é que ao mesmo tempo que exista uma busca de relacionamento, estas pessoas vivem a sua própria solidão.

Um auto engano se faz, quando se busca qualquer tipo de relacionamento a partir da solidão. 

Quando isto ocorre, estas pessoas estão indo em direção errada, o resultado final será desastroso. 
A transferência que se faz a um outro dando-lhe a responsabilidade do bem estar próprio (felicidade, paz, prosperidade, salvação etc.) é biblicamente, moralmente, socialmente incorreto, pois o outro será utilizado como um meio e esta atitude será recíproca. Quando se estabelece um convívio, uma comunhão, um relacionamento seja de que esfera for, ninguém pode ser usado como meio para se obter nada. 



O ser humano, é o fim em si mesmo.
 As pessoas se assustam em estar sozinhos, nos jovens então é pior. Acredito que a prática descompromissada do "fico", tem certamente o aval dos adultos, entristecidos com algum relacionamento. Me parece que a mola propulsora é o medo da solidão, a pressão da sociedade. O modelo comum que observo, é que a grande maioria das pessoas se anula, se entrega, desiste de buscar para si a verdade, em função deste conluio social, socioeconômico, ou mesmo espiritual, em que se apregoa, um ganho, se houver a rendição, cega e muda. Um tipo de  comercio, antigo. 

Aprender como alcançar a verdade, que possibilita liberdade, é a questão que mais ouço. Quando as pessoas sabem a própria capacidade, o valor intrínseco que possuem, as suas limitações, estas pessoas tem algo verdadeiro a compartilhar, a dar. Quando se dá o que se tem, se recebe, jamais ao contrário, ou pior dar o que os outros querem sem ter, só para ter um lugar. O maior equivoco do ser humano é ter a necessidade de ser amado por alguém. Essa necessidade é errada, é falsa. Ela não alimenta. Essa necessidade parte do princípio de ser aceito, ter valor, ser respeitado e assim ser valorizado, pelos demais.

O ser humano super valoriza suas qualidades e ignora suas fraquezas. Tem dificuldades em lidar com opiniões contrarias aquelas que tem sobre si mesmo, por mais que saiba da verdade, a respeito de si próprio. A luta entre o ego e a vaidade já se sobrepõem a essência, humana desde os tempo de Salomão. São estas atitudes, que geram a solidão.

 Mas há o dia, em que a máscara cai, e tudo que se vê são vaidades, e mais vaidades tudo é vaidade. Quando o lado frágil deste ser humano, prolifera atrás de todas as imperfeições que tentava sufocar, a verdade surge, o caminho pode se consolidar, basta querer o livre arbítrio é herança já recebida ao nascer, para acessar o caminho da verdade.

Este caminho, se consolida para pessoas que optam em pagar o preço que for, para ser o que são ao lado ou em busca da verdade, e não para ter o que o modelo socioeconômico, determina desde a criação babilônica do talento. Insisto, que as pessoas busquem na solidão aprender, por opção e não por imposição. Tenham uma comunhão intensa com a verdade, não é necessário que se pague pedágio, de que tipo for a quem quer que seja. Assim estas criaturas não precisarão mais usar máscaras, que  usavam para falsamente obter algo ou algum lugar.  
Obrigado.
Alexandre Schlegel
Meu e:mail – alexandre@visaonova.com.br
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