sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Como está o seu autoengano?


Autoengano?

Começo esse artigo com uma frase de Black Elk: “é na escuridão de seus olhos que os homens se perdem”. Ela consegue definir um estado que todos nós vivenciamos muitas vezes em nossa vida. Falo do autoengano, da negação de fatos e também da simples falta de consciência da realidade. Esse estado exagerado de autoengano compromete demais a vida pessoal e profissional dos indivíduos.

Essa questão intrigante permeia nosso cotidiano e acaba minando nossas capacidades e comprometendo nossos relacionamentos. O fato é que, na maioria das vezes, não nos damos conta que a culpa é nossa e que somente nós podemos reverter situações desconfortantes. O autoengano costuma ficar evidente quando colocamos a culpa de nossos problemas nos outros ou temos um olhar crítico em relação aos comportamentos alheios, sempre achando que nós somos melhores!

Alguns exemplos comuns seriam:
Muitas famílias afirmam que foram as companhias que levaram o seu filho para o mal caminho.
O namorado que, ao ser traído, justifica a situação colocando a culpa na outra mulher
O paciente que não acredita no diagnostico recebido.
O líder que não aceita que precisa se aprimorar.
O cidadão que se recusa a admitir que é ele que dá poder ao politico,.

Agimos como aquela criança que ao correr tropeça, cai e fala que a culpa é do tapete! O pior é que os pais aceitam a justifica choramingada do pequeno. . . Vamos confessar que várias vezes somos como essa criança e culpamos o mundo pelo nosso fracasso, intolerância e descontentamentos. Esse tipo de comportamento acaba piorando o problema e nos torna reféns do próprio modo de pensar, pois não somos capazes de ver além do problema ou insatisfação. Essa cegueira ou o autoengano provoca uma relação interessante:

Funciona mais ou menos assim: tenho um problema e, por conta da minha “cegueira”, acabo enxergando causas irreais e partindo para solução inadequadas, e com isso agravo ainda mais minha situação inicial.

O autoengano é um recurso de autodefesa (e necessário em alguns casos) que surge todas as vezes que nos sentimos ameaçados, decepcionados ou nos deparamos com algumas verdades inconvenientes. Seria uma maneira de retardar o amadurecimento. Enquanto a responsabilidade não recai sobre si, a criancice, infantilidade disfarçada com a falta se sorte, ou azar.

Quando começamos a nos enxergar de verdade, quando mesmo que dolorido assumimos nossas dificuldades, o nosso “autoengano“ muda. Conseguimos perceber a situação real e passamos a agir com coerência. Difícil? Um pouco, mas vale a pena tentar.

Comece a ver você como protagonista de sua história e não como vítima dela. Não tente ser perfeito, mas procure fazer o melhor possível. Sua vida pode ficar melhor a partir dos detalhes! Para saber mais e aprofundar suas reflexões, indico o livro “Auto-Engano” (Companhia de Bolso) de Eduardo Giannetti da Fonseca.

Obrigado
Alexandre Schlegel
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